sábado, 28 de março de 2009

A CONSTRUÇÃO DESSE BLOG FOI MUITO PRAZEROSA, AFINAL SÓ PESQUISEI COISAS QUE GOSTO, AMO CACHORROS E TODO ESSE AMOR COMEÇOU DESDE CRIANÇA E PERCEBO QUE COM O PASSAR DOS ANOS ELE SÓ AUMENTOU.
ESSE BLOG, EU DEDICO ÀS PESSOAS QUE ASSIM COMO EU AMAM OS CACHORROS E A ESSA CACHORRINHA QUE ESTÁ NA PRÓXIMA FOTO (PUPPY), A QUEM CHAMAMOS LÁ EM CASA DE BEBÊ PELUDA.
OBRIGADA PELA OPORTUNIDADE, ESPERO QUE TODOS GOSTEM E QUE POSSAMOS TROCAR INFORMAÇÕES.

BEIJOS A TODOS,
TELMA PIRES

NOSSA NENÊ

CUIDADOS

Minha cadelinha virou mocinha!
Saiba o que fazer para evitar problemas quando as 'meninas' entram no cio

por Mariana Viktor

Foto: Dreamstime
1. Com que idade cadelas e gatas entram no cio?
O primeiro cio começa entre 6 e 12 meses. Ele se repete a cada seis meses nas cadelas e a cada três meses nas gatas, mas varia com doenças, clima e a presença de outros animais.

2. Quanto tempo dura o cio?
Nas cadelas, cerca de 15 dias - o período fértil acontece no fim do sangramento, do oitavo ao décimo dia. O cio das gatas dura cinco dias, mas a ovulação ocorre só no acasalamento.

3. Quais são os sintomas do cio?
Cadelas sangram, ficam inchadas e se lambem muito. Gatas miam alto e à noite.

4. O que fazer para acalmá-las?
Há hormônios para evitar o cio, mas eles causam problemas hormonais e tumores nos órgãos reprodutivos. A solução é ter paciência.

5. Como evitar que as fêmeas fujam para namorar?
Não deixe portões entreabertos e evite manter perto das janelas qualquer móvel que possa ser usado como escada para acesso à rua. Fique de olho se sua fêmea começar a cavar para passar por baixo da cerca ou do portão. Para as gatas, basta pôr telas nas janelas.

6. Como evitar que sujem os móveis?
Gatos machos e fêmeas marcam território urinando em paredes e móveis. Só a castração antes da idade reprodutiva elimina esse problema. Para evitar que as cadelas sujem a casa, use capas impermeáveis no sofá, retire os tapetes do chão e cubra o carpete.


7. Colocar fralda absorvente nas cadelas faz mal?
Por serem incômodas e causarem irritação na pele, as fraldas absorventes não são indicadas para o cio. Elas servem só para animais com incontinência urinária ou fecal. Já as calcinhas higiênicas, bem mais leves e confortáveis, são ideais para cadelas que vivem dentro de casa. Mas fique de olho: muitas fêmeas mastigam e comem esse acessório! Lembre-se de tirar a calcinha para arejar a região e para que ela possa fazer xixi. Nas gatas, a calcinha não é necessária, porque elas não sangram quando entram no cio.

8. Se não castrar, quantos filhotes podem nascer?
Depende da raça. Cadelinhas de pequeno porte têm no máximo dois filhotes por gestação, enquanto as grandes podem ter sete ou oito crias. Gatas costumam parir quatro gatinhos. Por ano, isso dá até 16 cãezinhos e 16 miauzinhos!

9. Quanto custa manter a ninhada até doar os filhotes?
Considerando vacina, vermífugo e ração, um filhote de pequeno porte custa cerca de R$ 100 por mês, mais acessórios e veterinário.

10. Por que é importante castrar?
Além de eliminar de uma vez por todas os incômodos do cio, a castração das fêmeas evita que surjam infecções, tumores, hemorragias e gravidez psicológica. Nos machos, previne tumor de próstata e de testículos. Em ambos os sexos, a castração diminui o risco de fugas.
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Conteúdo do site AnaMaria

quinta-feira, 19 de março de 2009

DICAS PARA CUIDAR BEM DO SEU CÃOZINHO

Em troca de todo o amor e satisfação que os cachorros dão às suas famílias, eles precisam de vários tipos de cuidados. Muita dessa atenção precisa ser dada várias vezes ao dia, mas não é coisa para assustar - isso vai se tornar parte de sua rotina. Quanto melhores forem os cuidados dispensados ao cachorro, melhor para ambos. Neste artigo, trataremos dos aspectos essenciais dos cuidados com os cães, como os citados abaixo.
• Dicas para dar um nome

Batizar seu amigo é uma tarefa prazerosa, mas é bom pensar bem antes. Ambos terão que conviver por toda a vida com o nome que você escolheu. Há várias maneiras de sugerir nomes apropriados para cães, incluindo aparência, herança, características especiais e comportamento. Vamos falar de todas elas nesta seção. Vamos também sugerir alguns nomes para cachorros - e mostrar os erros que devem ser evitados.
• O que há em um nome?

Uma das maneiras mais importantes de se comunicar com seu cão é através do nome dele. Quando ele escuta o nome, pode pular para chamar a atenção e ficar pronto para ter bons momentos, mesmo que seja apenas a hora da refeição. A escolha do nome correto é uma parte especial de ser dono de um cão. Então, pense cuidadosamente em suas escolhas. Aqui estão algumas coisas a se considerar, para que você fique no caminho certo.

As aparências - Manchinha, Foguinho, Pinguinho ou Preto são todos nomes testados e aprovados. A vantagem é que são descritivos, tornando fácil identificar seu cão se ele se perder. A desvantagem é que há vários cachorros com esses nomes. Você pode querer ser mais criativo, para que seu amigo se destaque da multidão. Um cachorro grande, de pernas compridas, com o pêlo malhado (um greyhound, por exemplo) pode ser chamado de Tigre ou de Savana - em referência às savanas africanas, que poderiam ter produzido um animal com esse padrão de pêlo listrado.

A herança - investigar a história da raça é uma boa maneira de achar um nome perfeito. Raças escocesas, como west highland white terrier, terrier escocês ou cairn terrier, podem receber o nome de Murray ou Stuart. Safári é apropriado para um basenji, raça de cães que não latem, originária da África. Tundra é um nome muito usado para raças do Norte, como malamutes do Alasca e samoiedas.

A raça - os beagles, os bloodhounds e os basset hounds seguirão seus faros até o fim do mundo. Sniffer (farejador) é um bom nome para esses cães, bem como Sherlock ou Cigano. Vários terriers recebem o nome de Digger (escavador) e é fácil saber a razão. Esses cães foram criados para caçar animais que vivem em tocas embaixo da terra. Por causa disso, hoje são propensos a escavar os jardins.

As características especiais - os border collies são considerados a raça mais inteligente. Então, que tal dar a seu cão um nome que faça jus à inteligência dele, como Einstein ou Newton, por exemplo?
• Materiais

Pense em quantos objetos pessoais você tem e quantos deles são indispensáveis à sua saúde e alegria. Os cães precisam de menos acessórios do que nós, mas os objetos não deixam de ser menos vitais. Selecionando os itens apropriados, você pode melhorar a saúde do seu cachorro. Se você já se aventurou em um pet shop, sabe o quanto pode ser confuso pegar apenas uma coleira ou guia. Falaremos de todos os itens básicos, como comida e acessórios de beleza e higiene. Também abordaremos os objetos especiais, como a caixa de transporte.
• Alimentação

Nada é mais vital para a saúde do seu cão do que a alimentação apropriada. Cachorros são vorazes - essa é uma parte de seu charme; cabe a você saber o que é saudável. Você também precisa saber o que pode fazer mal, apesar da vontade que o cão tem de experimentar. Aqui estão todos os detalhes, incluindo várias receitas caseiras para comidas deliciosas, nutritivas e econômicas. Além disso, responderemos à questão de sempre: "por que cães comem plantas"?
• Dicas para adestrar filhotes

Um filhotinho pode amolecer seu coração, mas também pode fazer muita sujeira. Quanto mais cedo seu cachorrinho se acostumar a fazer suas necessidades fisiológicas fora de casa e no horário, melhor para todos. É interessante notar que é mais fácil fazer isso correlacionando com os horários de alimentação. Entretanto, há mais o que ensinar além do adestramento doméstico. Você tem que saber o modo correto de disciplinar bondosamente seu novo cão quando ele se comporta mal. Todos os detalhes dessa etapa crucial na vida de seu cão estão nesta seção.
• Cuidados de beleza e higiene e dicas para o banho

Os cães se sujam e não se mantêm naturalmente tão limpos quanto gostaríamos para que convivam conosco em nossas casas. Como você é o dono, os cuidados de beleza e higiene no banho são de sua responsabilidade. Entretanto, há mais cuidados para seu cão do que um simples banho. Você ainda tem que cuidar das unhas, dentes, olhos e ouvidos. Nesta seção trataremos de estratégias para deixar seu totó limpo e todos felizes. Também diremos quando é tempo de jogar a toalha e procurar ajuda profissional.
• Deixando a casa segura

Deixar sua casa segura para seu cão pode ser tão desafiador quanto adaptá-la para as crianças ou para situações alérgicas. A propósito, você sabe quais tipos de planta doméstica são venenosas para cães? Você pode ficar surpreso ao saber que suas guloseimas favoritas podem fazer muito mal para o estômago de seu cão. Para a saúde e alegria de todos, é vital fazer com que a casa fique segura para o animal e, ainda, adestrar seu totó para que respeite a casa. Nesta seção, daremos conselhos indispensáveis para um bom relacionamento entre seu bicho de estimação e sua residência.
• Deixando o jardim seguro

A maioria dos cachorros gosta de passar um tempo no jardim, mas esse lugar agradável tem seus desafios e perigos. Primeiro, você precisa do tipo certo de cerca para evitar que seu cão circule pela vizinhança, onde ele poderá ser machucado ou ferir alguém. Veremos a opção das cercas invisíveis e dos enforcadores. Todos precisam de um lar e nisso se inclui seu cão. Diremos como projetar e construir a casinha de cachorro perfeita. Aprenda como manter seu cachorro contente e seguro - sem pôr em risco seu jardim.
• Dicas de identificação

Quando seu cão está perdido, nada mais importa. Seguir alguns passos simples assim que seu cão chega em casa pela primeira vez pode evitar sofrimentos depois. A etiqueta de identificação correta pode trazer seu bicho de volta em questão de horas. Discutiremos os melhores métodos de fornecer identificação para seu animal. Também falaremos sobre opções de que talvez você nunca tenha ouvido falar. Você sabia que alguns donos tatuam em seus cachorros informações vitais de identificação? O que você acha sobre implantes de microchip? Independentemente do método que você escolha, diremos como registrar a identificação de seu animal.

AMIGO DO PEITO

AMIGO DE TODAS HORAS

COMPANHEIRO E AMIGO

AMIGO E COMPANHEIRO

AMIGO

SIMPLESMENTE AMIGO...

POUCO IMPORTA O QUE TENHO A OFERECER

SEI QUE ESTARÁ PRESENTE

quarta-feira, 18 de março de 2009

terça-feira, 17 de março de 2009

O MELHOR AMIGO


“Existem pessoas que não gostam de cães. Estas, com certeza, nunca tiveram em sua vida um amigo de quatro patas. Ou, se tiveram, nunca olharam dentro daqueles olhos para perceber quem estava ali.

Um cão é um anjo que vem ao mundo ensinar amor! Quem mais pode dar amor incondicional, amizade sem pedir nada em troca, afeição sem esperar retorno, proteção sem ganhar nada, fidelidade vinte e quatro horas por dia?

Ah! Não me venha com essa de que os pais ou filhos fazem isso, porque os pais e os filhos são humanos, irritam-se, afastam-se…

Um cão não se afasta, mesmo quando você o agride. Ele retorna cabisbaixo pedindo desculpas por algo que talvez não tenha feito, lambendo suas mãos a suplicar perdão.

Alguns anjos não possuem asas, possuem quatro patas, corpo peludo, nariz de bolinha, orelhas de atenção, olhar de aflição e carência.

Apesar dessa aparência, são tão anjos quanto os outros (os com asas) e se dedicam aos seres humanos tanto quanto qualquer anjo costuma dedicar-se.

O bom seria se todos os humanos pudessem ver a humanidade perfeita de um cão.”

domingo, 15 de março de 2009

ADOTE UM AMIGO

ANUNCIE:
(11) 4427-7800

25/04/2008
Bichos & Cia
Internet facilita adoção de animais abandonados


Aline Bosio

Natália Fernandjes
Animais do Centro de Zoonoses podem ser adotados pela internet
A Secretaria de Saúde de Santo André implantou recentemente uma nova ferramenta para auxiliar a adoção dos animais abandonados recolhidos pelo Centro de Zoonoses. Desde setembro do ano passado os interessados em dar um novo lar para cães e gatos da cidade podem acessar aqui.

"Desde que implantamos o serviço até o início de março deste ano já colocamos para adoção 65 cães e nove gatos. Destes, 23 cães e três gatos já foram adotados", conta a médica veterinária Juliana Oliveira. Além de dados como sexo, idade, porte e temperamento, os internautas podem encaminhar perguntas, sem a necessidade de se deslocar até o Centro de Zoonoses.

"Alguns destes foram recolhidos das ruas, pois corriam o risco de serem atropelados. Outros foram encontrados amarrados em postes, árvores e até mesmo em frente à sede do Centro de Zoonoses", lamenta. O perfil da maioria dos animais oferecidos é o dos chamados SRD (Sem Raça Definida). Os mais procurados são filhotes de cães e fêmeas.

Os cães e gatos são vacinados contra raiva e os novos proprietários podem optar pela castração. Além disso, eles recebem um microchip com os dados do dono. "Este é um mecanismo que facilita o nosso trabalho caso algum desses animais seja encontrado na rua. Com os dados dos donos podemos contata-los e descobrir se ele fugiu ou se foi abandonado", explica Juliana.

Essa ação contempla o Termo de Ajustamento de Conduta assinado entre a Secretaria de Saúde de Santo André, a promotoria de Meio Ambiente e a União Internacional Protetora dos Animais, que regulariza o atendimento aos animais abandonados e contribui para o cumprimento da lei sancionada recentemente pelo governador José Serra, que prevê a criação de um programa de controle de reprodução de animais que inclua identificação, registro, esterilização cirúrgica e de encaminhamento a adoção, além de programa educacional à população.

A lei estadual estabelece ainda que os animais saudáveis que forem capturados e não reclamados pelos donos sejam encaminhados para adoção. O responsável temporário terá de comprovar que irá oferecer um local seguro e com boas condições para o animal.

"Antes desta lei os animais que não eram adotados eram sacrificados. Normalmente eles ficam cerca de 96 horas a espera do dono. Depois disso ele passa a ser de posse da prefeitura. Antes da lei eles ficavam cerca de um mês aguardando um interessado. Agora eles ficarão no canil por tempo indeterminado, até serem adotados", completa a veterinária.

Serviço
O site que disponibiliza informações sobre animais disponíveis para adoção é www.queroumbicho.com.br. O Centro de Zoonoses de Santo André fica na rua Igarapava, 239, bairro Valparaiso. O telefone para contato é 4990-5256.

terça-feira, 10 de março de 2009

segunda-feira, 2 de março de 2009

domingo, 1 de março de 2009

Cães voluntários ajudam na recuperação de crianças doentes e deficientes

RAFAEL BALSEMÃO

da Revista da Folha

Um pouco antes das 14h de toda quinta-feira, a gerente de enfermagem Carla Dias, 47, já se prepara para enfrentar uma maratona de perguntas: "Tia, cadê o Joe?" Como todo paulistano que enfrenta diariamente o trânsito pesado da cidade, ele raramente consegue ser pontual. "Está chegando", despista ela.

Patrícia tem leucemia e está no GRAACC (Grupo de Apoio ao Adolescente e à Criança com Câncer), onde Joe faz a festa

Carla só relaxa após 40 minutos, quando Joe Spencer Wood Gold entra no hospital do GRAACC (Grupo de Apoio ao Adolescente e à Criança com Câncer), na Vila Clementino, com o crachá no pescoço. Golden retriever de quatro anos, Joe é voluntário. Sua missão é arrancar sorrisos de quem está na sala de quimioterapia, etapa sofrida do tratamento contra o câncer. "Ele é limpinho, a gente pode passar a mão", se diverte Rafael Basílio, 12, que tem um tumor ósseo.

A presença de animais é comum em hospitais dos Estados Unidos há décadas. No Brasil, o método ganhou popularidade no final dos anos 1990 e, a cada ano, ganha novos adeptos. É chamado de zooterapia ou terapia assistida por animais, usada em crianças, idosos e pessoas com deficiência.
Milagre dos animais
A presença de Joe no hospital é uma forma de "olhar para as crianças como elas são, sem o foco na falta de cabelo", nas palavras de Carla. Servicinho moleza para um cão tranqüilo e de pêlo impecável.


Fernanda Fernandes, 18, com o cão Mike, 7, durante uma visita à escola Nova Meta

Quem leva Joe ao GRAACC é a funcionária pública Luci Lafusa, 53. O golden deu seu primeiro passo para o voluntariado aos seis meses, em 2004. Suas donas assistiam a um documentário da Animal Planet sobre o milagre dos animais. Luci e a irmã, Ângela Borges, tiveram a certeza de que Joe poderia fazer o mesmo.

Elas não se enganaram. O animal foi levado para uma escola de adestramento, onde ficou um ano, até estar pronto para ser um verdadeiro voluntário. Os primeiros agraciados com a doçura do cão foram os moradores de um asilo. Combinação perfeita. "Os velhinhos gostam muito de atenção, e o Joe adora carinho", conta Luci.
Deu tão certo que a procura pelos serviços do golden só cresceu. Hoje, a agenda dele está lotada. Tem compromissos todos os dias da semana. Para freqüentar o hospital do GRAACC, por exemplo, Joe cumpre uma série de requisitos. Vacinação em dia, claro, é obrigatória. Toma banho toda quinta. Vai ao veterinário uma vez por mês, no mínimo. O pêlo é escovado, religiosamente, a cada manhã com uma solução feita à base de álcool e cravo-da-índia. Os dentes são escovados três vezes por semana. Ainda recebe doses de vitamina. Tudo para ser aprovado pela comissão de controle de infecção hospitalar e não surgir nenhuma suspeita de que o bicho possa levar alguma doença para lá.
Nem sempre foi assim. "Há dez anos, as pessoas tinham muito medo de que o cachorro transmitisse doenças, e havia uma dificuldade em acreditar que o tratamento com os animais pudesse trazer algum benefício", diz o zootecnista Alexandre Rossi, coordenador da organização Cão Cidadão .
Terapia canina
Sexta-feira é o dia de Joe visitar a casa de apoio do GRAACC, onde se hospedam as crianças de fora da capital em tratamento. Após uma semana de muito trabalho, o cão não consegue esconder a estafa. "Ele chega bem cansado. Até cochila", conta Patrícia dos Santos, 14, que tem leucemia e deixou sua casa, em Cubatão (56 km de SP), em outubro do ano passado. "Mas ele acorda rapidinho", emenda ela. Desperto, Joe é só animação. "Todo mundo tira foto com ele. Eu tenho muitas", gaba-se Patrícia.
Joe acorda por volta das 5h. Toma seu café da manhã ao lado das donas. Elas saem para trabalhar e deixam o cão com a beagle Samy e a belga Dara, que, segundo as donas, não têm nenhuma vocação para o voluntariado. "Elas são meio problemáticas. Acho que precisam de terapia", diverte-se Luci.


Júlia Reis, 5, que tem síndrome de Down, brinca com Golda; segundo educadores, cães contribuem para que ela melhore a fala

Sem poder contar com a ajuda das "meninas" e diante do aumento da procura por Joe, Luci e Ângela foram atrás de outros ajudantes. Daí, montaram o projeto "Joe, o Amicão, e os Cãopanheiros". A idéia é incentivar outros paulistanos a transformarem seus pets em "terapeutas" (informações pelos tels. 0/xx/11 9517-6159 e 9674-0429). O projeto deu certo. Joe ganhou sete "cãopanheiros".

Em São Paulo, há filas de espera por um cão voluntário. A escola Nova Meta, na Pompéia, onde estudam 30 crianças com deficiência, acaba de receber a ajuda de Golda, 2, e Mike, 7, dois golden retriever. A dupla faz parte do projeto "Cão Terapeuta", da Cão Cidadão, e visita a instituição a cada 15 dias.
Os bichos aguardam a ação das crianças para interagir. "E elas se sentem mais seguras para brincar", conta Márcia Fleury, 43, diretora da escola e neuropsicóloga.
Eles foram treinados para não reagir com agressividade às brincadeiras. Pegue como exemplo o caso de Júlia Carneiro, 12. Ela tem autismo, não fala e interage com o mundo a partir de tapinhas. "A doçura dos cães faz com que ela contenha a força durante os movimentos", explica Márcia.
Júlia Reis, 5, tem síndrome de Down. Segundo os educadores, a presença dos cães contribui para que ela melhore a fala. No começo, a menina nem almoçava. "Só queria comentar em casa que tinha dado comida para o cachorro", empolga-se a pedagoga Selma Roos Reis, 39, mãe de Júlia.
Não pense que os bichinhos fazem só a cabeça da criançada. A Organização Brasileira de Interação Homem-Animal Cão Coração atende a 300 idosos em quatro asilos paulistanos no projeto "Cão do Idoso". O trabalho é feito por 60 cachorros. O sucesso da iniciativa é tamanho que os visitados até capricham no visual quando sabem que terão a companhia dos bichinhos.
Afinal, não é todo dia que a gente recebe um "amigão".
É bacana ter eles por perto
- Aumenta a sociabilidade e o sentimento de auto-estima
- Desenvolve ação calmante e antidepressiva e, por tabela, pode reduzir medicamentos
- Diminui a ansiedade, a pressão sangüínea e cardíaca e o estresse
- Melhora a capacidade motora e o sistema imunológico

Fontes: Carla Dias (GRAACC), Flávia Lopes (Cão Cidadão) e Silvana Prado (Organização Brasileira de Interação Homem-Animal Cão Coração)

Site: folha online (29/09/2008 - 11h54)

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